Página:Obras poeticas de Claudio Manoel da Costa (Glauceste Saturnio) - Tomo II.djvu/110

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102 CLÁUDIO MAMOEL DA COSTA 4. Tu não e’s, que me vences, eu não cedo Do vil Cupido ao venenozo dardo; De atarte ao carro meu talvez não tardo, Se e’ que a fugir não te aconselha o medo. Onde vai ter o misterioso enredo! Tão cheio de arrogancia Quem pode assim fallar de Amor na estancia T 5. Mas ah que desde o Doiro himnos cantando Ao longe avisto as filhas da Memória, O harmonico grito da victoria Na Epica trombeta vem soando, Qual as flexas sutis depedaçando, Qual rasgando-lhe a aljava, Vingão do cego Deus a furia brava l 6. Bate as palmas, Amor, pede piedade, Chora, soluça e geme : a dòr movidas Ja querem perdoar; eis que detidas Entre a ternura estão, entre a crueldade. Confessa Amor» confessa com vaidade Que não foi tua a empreza : Que das Deuzas, que ves, Bodrigo e* preza, 7. Aqui de officiozas mil Napêas Em doirada carroça conduzida Ua Ninfa aparece: alva, e luzida