Os Negros
— Bico-de-papagaio, pé de mamão, terreirinho limpo: é o urumbeva sonhado!..
Para lá nos dirigimos e já do terreiro gritamos o "ó de casa!” Uma porta abriu-se enquadrando o vulto d’um tio velho de cabellos russos. Com que alegria o saudamos...
— Pae Adão, viva!
— Vassuncristo ! respondeu.
Era dos legitimos...
— P’ra sempre, disse eu. Estamos aqui trancados pela chuva e impedidos de proseguir viagem. Tio Adão ha de...
— Tio Bento, p'ra servir os brancos.
— Tio Bento ha de arranjar-nos pouso por esta noite.
— E boia, accrescentou o Jonas, que tenho a caixa das empadas a dar horas.
O excellente negro sorriu-se, com a gengivada inteira á mostra e disse :
— Pois é apeiar. Casa de pobre mas de bom coração.