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Dirigi-me para lá. Entrei. Quarto amplo e em melhor estado que a sala de espera. Guarneciam-no duas velhas marquezas de palhinha bolorenta alem de varias cadeiras rotas. Na parede, um retrato na moldura classica da epoca, dourada, de cantos redondos com florões. Limpei com o lenço a poeira accumulada no vidro e vi que era um daguerreotypo esmaiado representando uma imagem de mulher.
Bento percebeu a minha curiosidade e explicou :
— E' o retrato da filha mais velha do capitão Aleixo, nha Zabel, uma moça tão desgraçada...
Contemplei longamente aquella antigualha veneravel, vestida á moda da epoca.
— Tempo das anquinhas, hein Bento ? Lembras-te das anquinhas ?
— Si me lembro ! A sinhá velha quando vinha da cidade era assim que ella andava, que nem uma perúa chóca...
Recolloquei na parede o daguerreotypo e puz-me a arranjar as marquezas, arrumando n'uma e n'outra os pellegos á guiza de travesseiros. Em seguida fui ao alpendre, de luz na mão, a ver si amadrinhava o meu relapso companheiro. Era demais aquella maluquice! Nào jantar e agora ficar-se alli ao relento...
Perdi meu requebrado. Nem com "deixa-me" respondeu-me desta vez.