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do pelas franças, a pintalgar de ouro tremeluzente a nudez menineira das naiades...
Quem poderá nunca esquecer um quadro assim ?
Essa impressão matou-me. Matou-nos...
Sahi dalli transformado.
Não era mais o humilde serviçal da fazenda, contente da sua sorte. Era um homem branco e livre que desejava uma mulher formosa. Dalli por deante minha vida ia gyrar em torno dessa aspiração.
Nascera em mim o amor, vigoroso e forte—como as hervas loucas da tiguéra.
Dia e noite um só pensamento me occuparia o cerebro : Izabel.
Um desejo só: vel-a.
Um só objectivo á minha frente : possuil-a.
Mas apesar de branco e livre, que abysmo me separava da filha do fazendeiro! Era pobre. Era um subalterno. Era nada.
Mas o coração não raciocina e o amor não olha para conveniencias sociaes. E assim, desprezando obstaculos, cresceu elle no meu peito como cresce um rio em tempo de cheia.