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II

DE VOLTA




(Crepusculo, Novembro. Pela encosta fria e desnudada vae andando, esfarrapado e exangue, um pobresinho triste, arrimado ao bordão.)


UM LAVRADOR


(de cem anos, ainda robusto, à porta do casebre)


Mendigo d'olhos sem esp'rança,
Vaes-te perder na escuridão...
Entra em meu lar; dorme, descança...


O POBRESINHO


(andando sempre)


Quem dera a paz divina e mansa,
Velho, que tens no coração!...