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ou tristeza particular. De um sei eu, que talvez por vir também do seminário, é o mais absoluto de todos. Esse se estivesse agora na antiga Biblos, iria até à aldeia de Amschit, onde descansam os restos da irmã querida do mestre. Sentar-se-ia ao pé das palmeiras para evocar a sombra daquela nobre criatura. A memória lhe traria novamente os passos de uma vida feita de sacrifício e de trabalho, começada em uma cidadezinha da Bretanha, continuada em Paris, na Polônia e na Itália, e acabada no recanto modesto de um pedaço da Ásia.

A vida de Henriqueta Renan completa-se pelas cartas trocadas entre os dois irmãos, ela nos confins da Polônia, ele na província e em Paris. Destas me servirei principalmente. A impressão original do opúsculo de Renan, feita em 1862, não foi divulgada; cem exemplares bastaram para recordar Henriqueta às pessoas que a tinham conhecido. No prólogo dos Souvenirs d'Enfance et de Jeunesse, Renan declara que não queria profanar a memória da irmã juntando aquele opúsculo a este livro. "Inserindo essas páginas em um volume posto à venda, andaria tão mal como se levasse o retrato dela a um leilão". Não obstante, autorizou a reimpressão depois dele morto. A reimpressão fez-se integralmente em 1895, trazendo os retratos de ambos. Não imagines, se não viste o dela, que é uma formosa criatura moça. Aos dezenove anos, segundo o irmão, fora em extremo graciosa, de olhos meigos e mãos finíssimas. O