Advertido pelo faro, antes de ver altear-se o negro colo, o cavalo rodara sobre os pés; e a cobra ameaçada pelos cascos elou-se ao tronco, onde a alcançara a mão certeira de Jão Fera, que já tinha apunhado a faca.
Recobrando-se do atordoamento da queda, ergueu-se o desconhecido, a apalpar o corpo um tanto pisado e a sacudir a roupa.
— Apre! resmungou ele. Escapei de boa.
O capanga lançou-lhe um sombrio esguardo:
— Desta vez escapou, disse ele com surda entonação.
Dirigiu-se ao tronco e arrancou a faca, depois de esmagar a cabeça do urutu.
— Que diabo é isso? perguntou o rebuçado.