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UBIRAJARA

deixava crescer o arroz, o inhame e as bananeiras.

Quando o estrangeiro partia pela manhã, Aracy o acompanhava de longe pela floresta. Sua vontade a levava apoz elle.

O costume da taba não consentia que a virgem desejada pelos servos de seu amor preferisse um guerreiro, antes de saber si elle a obteria por esposa.

A filha de Itaquê não queria pertencer a outro guerreiro. Mas lembrava-se que a virgem deve merecer o esposo por sua paciencia; assim como o guerreiro merece a esposa por sua constancia e fortaleza.

Então voltava ao terreiro: emquanto os outros guerreiros espreitavam sua vontade, ella tecia as franjas para a rêde do casamento.

Sua mão subtil urdia com o alvo fio do crauatá a fina penugem escarlate. Os noivos cuidavam que era a do peito do tocano; mas ella sabia que era do peito da arára e que tinha as côres de seu guerreiro.

Quando o sol chegava ao cimo dos montes, ouvia-se o canto de Jurandyr que voltava