Falava da Argentina e de Chicago como quem veiu hontem de lá. Maravilhoso!
A bocca de Moreira abria, abria. e accusava o gráo maximo da abertura permitida a angulos maxillares, quando uma vozinha feminina annunciou o almoço.
Apresentações. Mereceu Zilda louvores nunca sonhados, que a puzeram de coração aos pinotes. Tambem os teve a gallinha ensopada, o tu'tu com torresmos, o pastel e até a agua do póte.
— Na cidade. senhor Moreira. uma agua assim pura, crystallina. absolutamente potavel, vale o melhor dos vinhos. Felizes os que podem bebel-a!
A familia entreolhou-se: nunca imaginaram possuir em casa semelhante preciosidade, e cada um insensivelmente sorveu o seu golesinho como se naquelle instante travassem conhecimento com o precioso nectar. Zico chegou a eslalar a lingua.
Quem não cabia em si de gozo era D. Izaura. Os elogios á sua culinaria puzeram a boa senhora rendida; por metade d'aquillo já se daria por bem paga da trabalheira.
— Aprende Zico. cochichava ella ao filho, o que é educação fina. Isto é que é ser gente!
Após o café, brindado com um — delicioso! — convidou Moreira o moço para um gyro a cavallo.
— Impossivel, meu caro, não monto em seguida ás refeições: dá-me cephalalgia.
Zilda corou. Zilda corava sempre que não entendia uma palavra.
— A' tarde sairemos, não tenho pressa. Prefiro agora um passeiosinho pedestre pelo pomar a bem do chylo.
Emquanto os dois homens, em pausados