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vidos para distinguir dentre a grita os desafôros esganiçados da velha:

— Comedor de bolinhos! Papa-manteiga! toma, que em outra não has de cahir, ladrão de ovo e cará!


E Zilda?

Atraz da vidraça, com os olhos pisados do muito chorar, a triste menina viu desapparecer para sempre, envolto em nuvens de pó, o cavalleiro gentil dos seus dourados sonhos.

Moreira, o caipora, perdia, assim, naquelle dia, o unico negocio bom que durante a vida lhe deparára a Fortuna: o duplo descarte da filha e da Espiga...