pre-historico, companheiro do urso das cavernas, entalhava perfis de mamutes em chifres de renna.
Egresso á regra, Geca não denuncia traço remoto d'um sentimento nascido com e troglodyta.
Esmerilhemos o seu casebre: que é que denota ali a existencia do mais vago senso esthetico? Uma chumbada no cabo do relho e uns ziguezagues a canivete ou fogo pelo roliço do guatambu': é tudo.
A's vezes surge n'uma familia um genio musical cuja fama esvoaça pelas redondezas. Eil-o na viola: concentra-se, tosse, cuspilha o pigarro, fere as cordas e "tempera". E fica nisso, no tempero.
Dirão: e a modinha?
A modinha. como as demais manifestações de arte popular existentes no paiz, é obra exclusiva do mulato, em cujas veias o sangue recente do europeu, rico de atavismos estheticos, borbulha de mistura com o sangue selvagem, alegre e são do negro.
O caboclo é soturno.
Não canta senão rezas lugubres.
Não dança senão o catêrêtê aladainhado.
Não esculpe o cabo da faca como o kabyla.
Não compõe sua canção como o fellah do Egypto.
Triste como o curiango, nem sequer assobia.
No meio da natureza brasilica, tão rica de formas e côres, onde os ipés floridos derramam feitiços no ambiente, e a infolhescencia dos cedros, ás primeiras chuvas de Setembro, abre a dança dos tangarás, onde ha abelhas de sol, esmeraldas vivas, cigarras, sabiás, luz, côr, perfume, vida dionisiaca em escachôo permanente, o caboclo é o sombrio uru-