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lera, golpes tremendos contra o monjolo carnivoro. Uma pancada na mão — toma Barzabu'! outra na haste — rebenta demonio! ontra no pilão — estoura feiticeiro do diabo!

E "pan", "pan", "pan", dez, vinte, cem machadadas como nunca as desferiu derrubador nenhum com tal rijeza de pulso.

Cavacos saltavam para longe, roseos cavacos de peroba assassina. E lascas. E achas.

Longo tempo durou o duello tragico da demencia com a materia bruta.

Por fim, quando o monjolo maldito era já um montão escavacado de peças em desmantelo, o misero caboclo tombou em terra, arquejante, abraçado ao corpo inerte do filho.

E suas mãos tremulas mergulharam no cocho em procura da cabecinha que faltava...