A Conquista/XII

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Chegando à cidade, ao influxo da grande vida, resfolegou desafogadamente. Saía como de um balseiro ganhando a corrente impetuosa de caudaloso rio que o levava para o além, no curso formidável e irredutível das suas águas e seguiu com a multidão, no enxame fervilhante dos que se encaminhavam pressurosos para o trabalho, à luz alegre de um sol vivo de janeiro.

Para chegar mais depressa ao seu destino, tomou o primeiro bonde que descia, cheio. Estava desconfiado, tímido como se entrasse em país estranho. Parecia-lhe que comentavam a sua pessoa e pôs-se a evitar os olhares, vexado. Devia ser por causa do cabelo muito crescido, que lhe chegava ao colarinho. Passou a mão pela nuca disfarçadamente, mas ninguém lhe prestava atenção E o bonde rodava rápido.

No largo de S. Francisco a multidão atarantou-o. Esperou que o povo escoasse e seguiu atordoado para a rua do Ouvidor. No escritório da Gazeta da Tarde, perguntando por Patrocínio, Um homenzinho magro, de olhos miúdos, fez um aceno preguiçoso com a cabeça como a dizer-lhe que subisse.

Empurrou a porta gradeada e passou, subindo à redação. Um rapaz alto, vesgo, caído sobre a larga mesa central, consultava uma coleção de jornais, outro revia notas, de pé diante de uma secretária. Ambos voltaram-se ouvindo-lhe os passos.

— Senhor José do Patrocínio?

— Está ocupado, disse o vesgo. Quer alguma coisa da redação?

— Desejava falar com ele mesmo.

— Está escrevendo o artigo. Em todo o caso entre... É ali ao fundo, uma salinha.

Agradeceu e encaminhou-se. Subiu dois degraus que levavam à salinha indicada e deteve-se surpreso. O jornalista estava diante de uma pequena mesa, terminando o almoço. No chão jazia uma lata aberta e, sobre a mesa, ao lado dos pratos, a pasta, os livros, um maço de tiras, cigarros. Dando com Anselmo, o jornalista passou rapidamente o guardanapo nos beiços e, sorrindo, estendeu-lhe a mão.

— Ah! Meu amigo, desculpe-me. Estou hoje nos meus dias de trabalho, nem tempo me sobra para almoçar... depois, nos hotéis perde-se tanto tempo! Mandei vir isto e aqui, neste refúgio onde me escondo dos cacetes, fiz o meu almoço. Derreou-se na cadeira de mola: Cesário! Traze daí uma cadeira. Então, que há de novo? Como vamos de versos?

— Não faço versos.

— Ah! Pois não... Pensa que não leio? Sei dividir o meu tempo, meu amigo, também nem só de política vive o homem, sentenciou. Também leio. Com licença. Levantou-se, impaciente, foi à sala da redação e voltou com uma cadeira. Isto aqui é assim. O meu criado sou eu. Sente-se. Ofereceu cigarros e, muito amável, cruzando as pernas, tornou, desmanchando um cigarro:

— Então...? Que há de novo?

— Vim pedir-lhe um lugar na redação da Gazeta, se for possível.

— Se for possível...? — exclamou.

— Posso escrever umas crônicas ligeiras, um ou outro artigo...

— Quê! Um ou outro...?! Você vem mas é substituir-me, isto sim!... Eu mesmo preciso de um homem que me descanse porque, com essa história do artigo diário, nem tempo me sobra para cuidar dos interesses da folha. Chego de casa às oito da manhã e aqui fico até às duas da tarde enchendo tiras e aturando um mundo de importunos. Agora com você aqui a coisa vai ser outra... olá! Escrevo o artigo, entrego-te a folha e vou cuidar da vida. Inclinou-se e, atraindo Anselmo, disse-lhe, como em segredo: Isto é jornal para dar uma fortuna, mas eu não posso fazer nada, estou preso... Tendo, porém, um homem que queira trabalhar comigo, que queira trabalhar...! — repetiu arregalando o. olhos e concluiu: fazemos fortuna! Você quer trabalhar?

— Quero.

— Pois vamos fazer uma folha. Quando começas?

— Amanhã.

— Está feito. Onde estás morando?

— Em Cascadura.

— Que é isso, homem de Deus!?

— Que quer? Tenho lutado com as maiores dificuldades. Estou lá com amigos.

— Não, mas precisas descer.

— Vou ver um cômodo.

— E a questão do dinheiro? Anselmo sorriu dando de ombros. Não, é essencial — um homem de talento como você precisa de dinheiro. Eu, com o bolso vazio, sou incapaz de escrever uma linha. Isto de fingir indiferença pelo dinheiro é esnobismo. Por enquanto não te posso dar muito, mas... duzentos mil réis, servem?

— Perfeitamente.

— Vê lá!

— Perfeitamente.

— Bem, eu mesmo vou escrever a notícia da tua entrada para Gazeta. Tu tens talento... Eu não me engano. Lembras-te daquela noite no Príncipe Imperial?

— Dois dias depois da minha chegada de S. Paulo.

— Que discurso!

— Qual! Foi uma explosão de entusiasmo.

— Sim, uma explosão... Foi o melhor discurso da noite. Fiquei assombrado, tanto que perguntei ao Sena quem eras e foi quem me apresentou. Não te lembras?

— Lembro-me.

— Então? Tens muito talento. Vais fazer um carreirão. O diabo é a Cascadura...

— Mudo-me.

Um rapaz apareceu à porta e Patrocínio, encarando-o, perguntou:

— Que é?

— O artigo...

— Tem muita pressa? Pois eu não tenho. Quando estiver pronto irá. Olhe, leve daqui esta louça e diga lá ao Silva que não me mande mais bifes como o que veio hoje. Tornou a Anselmo:

— Então amanhã...?

— Amanhã. A que horas...?

— Às nove. Basta que estejas aqui às nove.

— Muito bem. Então até amanhã. Levantou-se e o jornalista, lançando-lhe os olhos à cabeça, perguntou: Você fez algum voto?

Anselmo, compreendendo, disse:

— De pobreza.

— Que diabo! Parece que trazes contigo todas as matas dos subúrbios. Corta esse cabelo. Estás sem dinheiro, não é? Anselmo sorriu. Ah! Queres fazer cerimônia comigo? Estás arranjado. Tirou do bolso uma nota e entregou-a a Anselmo sem olhar. Estamos então combinados: amanhã...

— Às nove.

— Vou escrever a notícia e, com um forte aperto de mão:

— Vamos fazer uma fortuna!

— Até amanhã.

— Até amanhã. Olha o cabelo.

— Vou já ao cabeleireiro. E, com o coração aos pulos, Anselmo desceu as escadas.

Fora, deteve-se algum tempo à porta, indeciso, vendo a gente subir e descer na faina do trabalho ou lentamente, lançando olhares curiosos às vitrinas, com grandes pausas, os desocupados que faziam a sua volta elegante, com ostentação e garbo. Depois lançou-se à rua, seguindo para um cabeleireiro. À entrada, porém vendo a sala cheia, recuou tímido. Não tinha ânimo de sentar-se diante de tanta gente, com uma viçosa cabeleira de nabi.

"Não, corto lá em cima..." disse descendo as escadas. Logo à porta encontrou o Neiva com um rapaz moreno, ereto, muito grave num terno que tinha todas as cores do íris e um chapéu branco que começava a ser cinzento, gravata azul, salpicada de ouro, em grande laço fofo que se derramava, com escândalo, sobre o peito, bengalão, ou antes, cajado e sapatos fuscos. O ar era o de um diplomata, mas o terno... O Neiva abriu os braços exclamando:

— Salve! Onde tens andado, homem de Deus?! Que é feito de ti? Amélia anda inconsolável. Creio até que já se cobriu com um crepe.

Anselmo contou a sua odisséia e o moreno, sempre firme como um poste, enrolando um cigarro, perguntou:

— É o senhor Anselmo Ribas?

— Sim, senhor.

— Não se conhecem?! — exclamou o Neiva.

— Não.

— Ora! Pois então vamos ali ao Cailtau, quero fazer a apresentação em regra.

Caminharam e, ao chegarem à escura confeitaria, o Neiva, batendo em uma das mesas, encomendou três grogues. Sentou-se e, alongando o pescoço, rompeu a rir com grande espanto dos dois rapazes.

— Que é? — perguntou o moreno.

— Que diabo têm vocês na cabeça?

O moreno estava nas mesmas condições em que se achava Anselmo: as cabeleiras desafiavam-se.

— Eu só corto os cabelos no dia em que me empregar, porque então poderei comprar um travesseiro.

— Pois eu vou cortar hoje a minha grenha, porque estou colocado. Podem dispor de mim na Gazeta da Tarde.

— E de mim urbi et orbi, disse o moreno.

— Mas, que diabo, ainda não fiz a apresentação. Este senhor que aqui está, açafroado e firme nos seus princípios, é Fortúnio, de Maceió, poeta lírico em disponibilidade. Morria de tédio na província quando, vendo um paquete prestes a levantar ferro para o Rio, resolveu meter-se a bordo. Como sabe de cor todos os versos que tem escrito, como Bias, não se preocupou com a bagagem. Na Bahia comprou duas laranjas e, a bordo, nem ele sabe como (proteção de Apollo Musagetes), nunca lhe pediram contas. Fez-se amigo de todos e, chegando ao Faroux no bote de uma família, encaminhou-se para a rua do Ouvidor com as duas laranjas.

— Que eram lindas! — exclamou o moreno.

— E vendeu-as no O braço de ouro por mil réis.

— E com esse dinheiro comecei a minha vida.

— E onde foste morar? — perguntou o Neiva.

— Na rua do Regente, com uns amigos de Alagoas.

— E ainda mora lá? — perguntou Anselmo.

— Não, agora não moro. As casas custam um horror.

— O senhor tem um soneto...?

— O Lenço. Já sei que vem falar do verso:

Pando, enfunado, côncavo de beijos...

— Justamente.

— É isso!... Tenho publicado não sei quantos sonetos e só me falam desse...

— É belo!

— E o senhor? Que faz? Quando pretende publicar o seu volume?

— Quando Deus quiser.

Falavam quando Patrocínio apareceu afogueado, rindo. Dando com os rapazes, arrastou uma cadeira e sentou-se à mesa, respirando cansado:

— Ah! E você ainda não deitou abaixo a floresta! — disse vendo os cabelos de Anselmo.

— Parte, tornou o Neiva, o cabeleireiro disse que Roma não se fez em um dia. Ele volta amanhã para concluir a derrubada.

Patrocínio sorveu um gole e, depondo o copo, disse recostando-se molemente:

— Leiam a Gazeta amanhã: Sansão faz a sua estréia.

Fortúnio, placidamente, alisando as calças, perguntou:

— Queres um soneto, José?

— Não, não quero... Este idiota...! Pois então eu rejeito versos teus?

— Não sei.

— Dá cá o soneto, deixa-te de luxos.

— Vou escrevê-lo, espera. E, chamando o caixeiro, pediu uma folha de papel, pena e tinta. Enquanto escrevia, Patrocínio dirigiu-se ao Neiva:

— Se esses rapazes quisessem, que esplêndido jornal podíamos nós agora fazer, hem? Imagina! Tu, com a direção da reportagem; este, com a crônica literária; Fortúnio com a crônica mundana e eu com o artigo e o noticiário.

— O noticiário! Tu? Estás louco! — exclamou o Neiva.

— Como louco?

— Pois és lá homem para fazer notícias, José?!

— Como não? Para mim são as duas coisas sérias do jornal: o noticiário e a gerência. O artigo de fundo não é mais do que uma grande notícia desenvolvida.

— De acordo, mas queres encher o jornal com artigos de fundo?

— Não, mas quero a notícia feita com talento. É preciso que a local emocione. O público tem necessidade de choques violentos. O melhor jornal é o que mais comove, isto é: o que explora, com mais habilidade, o emocional. Queres ver? Lê o mesmo fato em dois jornais. Aqui a coisa resumida e seca: "Estando ontem a trabalhar no andaime do prédio em construção à rua tal, número tantos, perdendo o equilíbrio veio abaixo o pedreiro fulano, morrendo instantaneamente. O cadáver foi recolhido ao necrotério." Está aí tudo — o desastre, as conseqüências do desastre, o destino que teve a vítima. Pensas que isso basta ao leitor? Estás enganado. A notícia, para agradar, deve ser escrita nestes termos. E, inclinando-se sobre a mesa, Patrocínio, passando o dedo pelo mármore, como se escrevesse, exclamou: GRANDE DESASTRE! em letras garrafais... Agora o caso, com todos os temperos:

"Quando, ao romper da manhã de ontem, fulano de tal, homem laborioso e honesto, que só via Deus no céu e a família na terra, saiu de casa contente pensando nos filhinhos que haviam ficado adormecidos, mal podia suspeitar, o infeliz, que nunca mais tornaria àquele lar e aos carinhos dos seus, porque a morte insidiosa já o esperava no próprio posto do trabalho. A fatalidade..." — por aí além, em tom patético. A descrição da queda com uma onomatopéia para o bater do corpo na calçada, o esfacelamento do crânio, os miolos salpicando os paus do andaime, os olhos esbugalhados. Depois o necrotério, a chegada da viúva com os filhinhos, o enterro, o luto e a miséria no lar. Finalmente, em remate, um comentário sobre a fatalidade. Não imaginas como uma coisa dessas impressiona.

Fortúnio, que terminara o soneto, entregou-o a Patrocínio que o leu alto, com entusiasmo, estendendo a mão espalmada ao poeta:

— Obrigado! Mas continuando: o jornal substitui a bema do Pnix e a arena; se nele são discutidas as grandes questões sociais, nele também devem aparecer as grandes cenas vibrantes. O povo é bárbaro e, como não tem mais as lutas sangrentas, satisfaz-se com as descrições trágicas: o assassínio de um homem, num canto de estrada, sendo descrito com talento, agita mais a massa do que a notícia seca da derrota de um exército. Mas os meninos não querem compreender assim, entendem que o noticiário é humilhante e fazem cara quando se lhes pede uma notícia. Pois serei eu o noticiarista. Deixem-me com a gerência e com o noticiário que, em menos de um ano, ponho aí um jornal como o New York Herald. Queres tomar conta da reportagem?

— Tomo.

— Palavra?

— Palavra, homem!

Mas um sujeito aproximou-se e chamou o jornalista à parte. Estiveram algum tempo conversando, de pé. De repente o Neiva bramiu:

— Então, José!

— Já vou, espera um instante. Olha que essa despesa está paga.

O Neiva voltou-se para Anselmo:

— Então vais trabalhar com o Zé do pato?

— Vou.

— Fazes bem. Ele é o hierofanta. Considero-o o primeiro homem do Brasil. Sei que há outros mais eruditos: ele, porém, é o mais fecundo, é o de maior cérebro. Dá-me a impressão de uma selva virgem. É um espírito onde apenas trabalhou rudemente o machado do lenhador. Os artigos dos outros que por aí há são bem feitos alguns, outros detestáveis, sem bom senso e sem gramática, mas eu refiro-me apenas aos que podem resistir à análise; têm forma, mas não emocionam como os deste bruto. Posso chamar-lhe bruto porque Esquinó chamava a Demóstenes — o monstro. Mas é isto: os outros artigos são como a colheita de um campo intensivamente cultivado, são paveias; os do José, não: são como imensos jequitibás que vêm possantemente arrastados do fundo da selva virgem. São colossos cheios de seiva que passam fragorosamente, mas, dentre a folhagem verde, saem gorjeios de ninhos que vêm presos aos ramos e pios de aves que voam acompanhando a árvore que era, por assim dizer, a sua cidade. É a minha impressão.

Num artigo de José há imagens para vinte artigos. Ele não trabalha com as dinamizações: é um nababo de matéria-prima. Basta isto: a campanha abolicionista... Pois é um diabo que, há não sei quantos anos, escreve sobre este tema: o senhor e o escravo — sempre com uma imagem nova e magnífica de esplendor. Fere todos os assuntos: entende de câmbio, discute a política internacional e as filosofias, é católico e faz conferências sobre budismo; farmacêutico, trava polêmicas sobre mecânica com os engenheiros, dá planos estratégicos, escreve romances, sermões, panegíricos, libelos, é eleitor e tem voz de barítono. Não é um homem, é uma complicação genial. Para mim ele é quem há de personificar a época tremenda que atravessamos. Desse caos negro é que há de sair a luz. Se o José não tivesse nascido no Brasil, se tivesse nascido em Paris, por exemplo, seria uma celebridade universal. É um bruto! Garçom, outro grogue! Você não bebe? Fortúnio estava triste, de olhos baixos. Queres mais um grogue?

— Não. Vou comer uma empada.

— Ainda não almoçaste?

— Almocei ontem.

— Por que não disseste, homem? Eu tenho aqui.

— Também eu, disse Anselmo.

— Então jantarei. Antes, porém, vou tirar este peso da consciência; e meteu os dedos pela gaforinha.

— Vamos juntos, convidou Anselmo.

— Ao mesmo cabeleireiro! — exclamou o Neiva. Vocês entulham o salão.

— Uma empada, disse Fortúnio, em segredo, a um dos caixeiros.

— Vais comer empadas agora? Olha que perdes o apetite.

— Quem me dera! Ainda que o perdesse ele havia de voltar na manhã seguinte, como o anel de Polícrates. Depois, eu tenho um vermute magnífico.

— Qual?

— A fome. Quem tem fome tem apetite.

— Bem, vamos sair. Que é do José?

Patrocínio havia desaparecido. O Neiva levantou-se justamente quando o caixeiro entregava a Fortúnio uma empadinha espetada num palito.

— Agora tenham paciência; deixem-me comer em paz.

Os dois esperaram e, logo que o poeta mastigou o último bocado, encaminharam-se para a porta: Fortúnio, sempre ereto, como se tivesse o rei na barriga, quando tinha apenas um grogue e uma empadinha de tostão. O Neiva despediu-se.

— Perdão. Não te esqueças do meu almoço de amanhã, disse o poeta.

— É verdade. Passou-lhe disfarçadamente uma nota e seguiu.

— Até logo!

— Até logo.

— Vais ao teatro?

— Pois onde hei de ir?

— A qual?

— A todos.

— Então encontramo-nos.

— Com certeza.

— Até logo!

— E nós agora? Vamos cortar as tranças.

— Sim, vamos. Temos ali na rua Gonçalves Dias.

— Não, nada de ostentação. Vamos à rua 7. Há um cabeleireiro que faz abatimento quando se corta em porção, como nós. O diabo é que eu fico sem travesseiro. Enfim! E encaminharam-se para a rua 7.

Jantaram juntos, no Renaissance, e, às sete horas da tarde, Fortúnio seguiu para a rua de Riachuelo despedindo-se de Anselmo que ficou na cidade, dissipando em livros, na rua de S. José, o dinheiro que lhe havia dado o Patrocínio.