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a carne
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que onça. Por amor das duvidas, dê-me a espingarda, quero carregal-a.

Demoradamente foi-se dissipando o fumo. Barbosa e Lenita sahiram. Juncto do milho o chão estava escarvado, via-se muito sangue. De dentro do mato, de pequena distancia, vinha um como grunhido, um ronco lastimado.

Barbosa ordenou a Lenita que se deixasse ficar e, com a espingarda armada, pronto a dar fogo, entranhou-se no mato, do lado donde vinham os grunhidos. Não teve que andar muito: a pouco espaço, perto um do outro, jaziam os dois porcos, alcançados ambos pelos tiros certeiros de Lenita. Um estava morto, o outro estertorava enfraquecido nos arrancos da agonia.

Albo notanda dies lapillo! Venha Lenita, venha ver o que fez ! gritou Barbosa.