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CANTO III.
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« O céo é de Tupan, a terra é nossa;
Nossos pais a regaram com seu sangue;
Á nós toca morrer para vingal-os. »

Das inubias ao som termina o canto;
Cessa a dança, e o banquete principia.

De mão em mão já plenas cúias passam
De licores balsamicos, que excitam
O olfacto, o paladar, e a propria vista;
Licores pelos Indios extrahidos
Do sumo do ananaz delicioso,
Do aipim e do cajú, que a sêde aplaca,
E refrigera o mal do amor impuro,
Mimo fatal das Venus Européas,
Que a America até-li não conhecia.
Em festival, opiparo banquete
O polido Europêo não desdenhára
Taes licores gostar em taças de ouro.
Tostadas carnes de mui varias caças,