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CANTO VI.
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Do altivo Portugal os duros ferros,
Agora Reino irmão é proclamado!

« Porém inda é mais alto o seu destino,
Que Deos assim o quer; e hade cumprir-se
Apezar da ambição de homens mesquinhos,
Que na sua vaidade leis dictando,
Cuidam poder mudar as leis eternas,
Que a marcha e a sorte das nações regulam.

« Oh quanto póde o amor do patrio berço
No humano coração, rei ou vassallo!
Volta o Rei de seus pais ao velho Throno,
Que abalado chorava a sua ausencia,
E deixa o filho sustentando o novo,
Porque a dôr de o perder o não destrua,
E não se apague o amor que o elevára.
Deseja o pai que o herdeiro dos seus Thronos
Um só seja, e os reuna, e mande, e reine;
Mas nem do Rei os calculos prudentes,