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A CONFEDERAÇÃO DOS TAMOYOS.

Tu, Aimbire, com quem juntos comemos,
Nos entregáras tu aos seus caprichos?
Não: jamais um Tamoyo tal fizera!
E jamais nós christãos tão vis seremos
Que amigos entreguemos tão sinceros.
Não, Aimbire, jamais! antes a morte.
E si a paz como espero celebrarmos,
Si fordes todos vós nossos amigos,
Tambem por todos vós o nosso sangue
Daremos com prazer, como por esses
De quem somos amigos, e o seremos. »

Assim fallou Anchieta, e os circumstantes
Co’um ligeiro sorriso á flor dos labios,
E um olhar entre si, o applaudiram.
E o mesmo Aimbire, que melhor que todos
Da palavra os encantos conhecia,
Posto que de vingança sequioso,
Cedeo á força da razão sublime,
E calmo respondeo por este modo: