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A CONFEDERAÇÃO DOS TAMOYOS.

Como Deos quer que irmãos entre si vivam.
Recebei, reparti estes presentes,
Penhores d’amizade que nos une;
Instrumentos de paz, deixai por elles
Essas armas crueis tintas de sangue.
A terra cultivai, luctai com ella,
Que assim domam-se os barbaros instinctos.
Eu vos devo deixar; e assaz me custa
Separar-me de vós: porém minha alma
Lembrados vos trará. Em toda parte
Em mim tereis um defensor e amigo,
Testemunha de vossa lealdade. »

« Só por amor de ti, voltou-lhe Aimbire,
Acceitamos a paz que, não pedida,
Nos vieste propor co’o teu amigo.
Vê bem que a tua gente a não quebrante,
Que entre nós ninguem falta ao promettido. »

Inda essa noite alli juntos passaram,