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A CONFEDERAÇÃO DOS TAMOYOS.

« Tamoyos, que me ouvís, tudo está prompto;
Todos estes sertões estão armados,
E por vós só esperam. Eia, armai-vos
Para a grande vingança, de nós digna:
Não ha prazer que ao da vingança iguale.
Comorim não quer lagrimas, quer sangue!
Não quer tristeza, quer furor e guerra!
Preparai-vos p’ra a guerra sanguinosa,
Qu’eu aviso vou dar ás tabas todas
Que vós sereis comnosco. Prometteis-me?
Quereis ser livres de uma vez p’ra sempre? »

— Sim, promettemos. — N’uma voz bradaram:
« Vingança e liberdade só queremos. »

« Pois bem: que agora os mortos sós descancem
Nas suas igaçabas; qu’eu repouso
Não quero até o dia da vingança. »