guma barata e o reino soffreria a vergonha de ser governado por uma rainha que volta e meia perde a casca...
E assim, conversando, caminhava as duas pelas alamedas muito limpinhas e bem arrumadas do jardim. Todas as manhãs as formigas corriam o parque inteiro catando todos os cisquinhos, aparando os gramados e deixando tudo que era um primor. Havia um lago á beira do qual pararam, mirando-se no espelho liquido. Estavam pensativas ambas: Narizinho com saudades do principe e a Aranha com saudades das sessenta filhas papadas por mestre sapo. Nisto ouviram um gemido a certa distancia. Approximaram-se. Era mestre Agarra que alli gemia com uma barriga enorme estufada de pedrinhas.
— Ai de mim, chorava elle, que não posso nem andar!... Menina
dos cabellos de ouro, tenha dó deste pobre sapo e peça ao principe que me perdôe!...
Narizinho tinha bom coração e, compadecida da miseria do infeliz animal, prometteu intervir em seu favor.
— Veja, disse ella á Aranha, este coita-