Demolio igualmente algumas casas de palha entre a Sé e o palacete do Dr. José Sombra, uma dellas proxima do Palacio Episcopal, com um pequeno pomar.
Desobstruidas, alinhadas e aformoseadas assim as praças, deo começo ao plantio de arvores pelas do Ferreira e José de Alencar, no centro das quaes mandou abrir dous cacimbões de pedra, com grande utilidade publica ainda hoje, dos quaes pretendia fazer chafarizes[1].
E tudo isto e outros muitos melhoramentos sabidos e que omittimos por desnecessario, realisou com maxima economia; porque no ajuste do preço a moeda mais corrente era o seu prestigio e popularidade.
Resolvida a demolição de um predio qualquer, ou o proprietario convinha no preço arbitrado, ou ficava privado de fazer mais reparos externos de qualidade alguma no dito predio.
Nessa luta vencia sempre a Camara; isto é, o bem publico.
Assim como era devotado ao bem material do municipio, não o era menos á religião e ás obras de caridade.
Em 22 de Setembro de 1848 lançou a pedra fundamental de uma capella com a invocação de Nossa Senhora das Dóres, de quem era fervoroso devoto, no sitio em que a 22 de Setembro de 1878, 40 annos depois, foi lançada a pedra fundamental do magnifico templo do Coração de Jesus.
Ainda hoje custa-nos a crêr que em uma cidade tão sinceramente catholica como esta, onde o nome de Ferreira é tão querido, essa capella, que aliás chegou ao ponto de receber a coberta, não attingisse á conclusão.
- ↑ Acta cit. da sessão de 3 de Agosto de 1854.