ser perseguido em nome da hypocrisia e da ambição?!... Ora vamos, tia Joanna — desde criança que assim chamava a velhinha, que bem como sobrinho o amára sempre — isso nem me parece seu! O nosso abbade já o não é da parochia, melhor nos póde servir e ao povo que tanto ama. Tiram-lhe a igreja, tem a escola; tiram-lhe a missa, tem a communhão espiritual dos infelizes. Não acompanhará os mortos que vão para a vala, ajudará a bem morrer os que não tem que deixar em testamento...
— «Vamos, sr. padre Antonio, — ajudou Isabella — mais do que nunca o seu concurso nos é preciso, mais do que nunca é urgente que se dedique á nossa obra de redempção.
— «Nada de lagrimas, que felizmente não lhe tiram o pão. Procuravamos um director para o asylo, têmo-lo felizmente agora, e o melhor que podiamos esperar.
— «Não é a falta de dinheiro que nos mortifica, Joãosinho, é a desconsideração...
— «E vêr aquelle marôto tomar o logar do nosso irmão, como se já estivesse morto! — soluçou a outra irmã.
— «Deixe, mana, que isso não me magôa. Bemventurados os que soffrem perseguição pela justiça. E vamos mas é tratar de sahir d’esta casa, que desde hoje deixa de pertencer-me.
— «Ora até que emfim! — disse João, sorrindo — É preciso trabalharmos todos para hoje mesmo irem para nossa casa e deixarem a residencia para o sr. cura...
— «Não, prefiro que me alugue a primeira casa que se acabou no nosso bairro. Pois não sou