muitas qualidades, mas nenhuma inclinação para a vida claustral.
Tornou o P. Molina:
— Que faz ele?
— Deve acabar este ano os estudos neste colégio; pelo desejo do doutor, professaria; porém o alcaide opõe-se com todas suas forças e espera que se lhe depare ocasião de seguir a carreira das armas.
— E os haveres? Poucos?
— Nenhuns; é pobre como Jó.
— Ignora o segredo de seu pai?
— Robério Dias morreu com ele.
— É o que reza a tradição; mas podia ser boato para adormecer a vigilância dos governadores.
— Sabe V. Paternidade alguma coisa a este respeito? perguntou o P. Inácio com vivacidade.
— O que se repete; ouvi contar uma vez essa história, e quer-me parecer que tais minas nunca existiram.
— Estou que se engana o P. Molina.
— Pode ser. Tem razões para pensar o contrário, P. Inácio?
— Talvez.
O P. Molina sorriu:
— Ainda vive a mulher de Robério Dias?