alferes e seus convidados. O taberneiro dando suas ordens à cozinheira, lhe dissera com um riso pachorrento esperramado nas bochechas:
— Olha lá, rapariga, não te esqueça o robalo à framenga!
— Com a capela de salsa e a cebola cravejada...
— Justo!... E molho de manteiga, vinho branco e uma mancheia de farinha corada. Sobretudo que fique bem reduzido!... É o sainete do prato!
E o taberneiro riu com alarve.
Da cozinha passou ele à sala onde devia ser posta a mesa da ceia, a ver se a estavam lavando e basculhando conforme determinara. De caminho passou pela varanda a fim de espreitar o caboclinho; e como o achasse a cochilar sobre o balcão, ferrou-lhe de passagem um carolo.
— Hã, sô traste!... Assim é que tu guardas a porta, cachorro!
No meio dessa inspeção dos aprestos caseiros veio achá-lo o velho judeu da Rua da Palma.
— É vindo o moço? perguntou Samuel à puridade.
— O Beltrão?... Não tarda aí!
— Estais bem certo que ele venha?