— Então, Anselmo, como vos correu a embrechada?...
— À maravilha!... Cá estão na esquina; não os vedes daqui?...
— Bravo!... És um tunante, Anselmo!... Depois me contareis tudo pelo miúdo; agora não há tempo a perder.
— É mesmo!... Aqui tendes as roupas do ajudante e mais a chave.
— Ainda lá está roncando que nem porco... A Zana é uma matreira!... Como o arranjou... Hem!...
— Cá me vou ao velho barbaça!... Ai! vem aí um remeiro para levar algum petisco e a competente pinga à gente!
— Pois ainda mais do que já receberam, Anselmo?
— Quem trabalha precisa, Brás. Cuidas que remar uma noite inteira é cochilar ao balcão surrupiando os cobres aos fregueses?...
— Para te engordar a ti, ruim besta!
O Anselmo não ouviu bem a fineza; pois no passo em que ia já estava com os companheiros parados na esquina à sua espera.