com um suspiro pungente. Estácio sentiu-se comovido desta mágoa, que o tédio da recente enfermidade exacerbava; e correu o olhar do papel que o amigo tinha na mão, à janela esclarecida. Da confrontação desses dois objetos ressaltou-lhe no espírito a ideia de aproximá-los realmente, e abrir a um passagem pelo outro.
— Dai-me este recado, Cristóvão.
Nesse instante ouvia-se o grito da saracura vibrar nos ares, e logo após o canto da ave. Era o sinal do capitão de mato chamando o capataz e dez homens.
Estácio apalpava o papel e experimentava nos dedos a ver se enrolava-o com facilidade: achou-o rijo por causa do dobrado.
— Não podeis abri-lo?
— Que pretendeis fazer, Estácio?
— João Fogaça não tarda. Em chegando ele vereis.
— Ei-lo aqui à vossa disposição! disse o forasteiro avançando.
— Ainda estão por aqui perto os olhos de coruja e o lombo de cobra que eu vi há quatro dias?...
— Por força. Cada um no seu posto!