Página:As Minas de Prata (Volume V).djvu/168

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— Vosso servo, senhor provedor!... ia ele dizendo.

Mas uma estrambótica figura, que não tinha percebido, meteu-se de repente entre ele e o provedor, de modo que este, distraído como vinha, passou adiante sem dar fé de quem lhe falara.

— Reverendo, uma palavra!... disse o recém-chegado.

— Segui vosso caminho, irmão, e deixai-me ir o meu, que tenho muita pressa!... replicou o frade.

— Mais tenho eu, reverendo!...

— Pouco me embaraça!

— Embaraça-me a mim!

O jesuíta procurava passar, e o desconhecido esbarrava-lhe o passo postando-se em frente.

— Que quereis de mim, então?

— Que o reverendo venha ouvir de confissão uma pobre mulher...

— Não posso agora!...

Sangre de Cristo!... Um padre que recusa confissão a enfermo mortal!... É pior bicho que a besta-fera, pois esta come só a carne!...

O P. Molina, que apesar da escuridão da noite,