Página:As Minas de Prata (Volume V).djvu/317

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e correu à casa de D. Luísa.

Recolhido ao Colégio, o visitador foi à cela do reitor:

— Padre-mestre, em que pé está o negócio que lhe deixei incumbido, quando há um mês me fui a São Sebastião?

— O negócio da filha de D. Francisco de Aguilar?... não vai mal encaminhado não, P. Visitador.

— O que há de feito e de esperar?...

— Logo depois que V. Reverência partiu, consegui eu pôr-me em comunicação com D. Ismênia, o que não deixava de ser difícil, pela enfermidade que a retém em casa, como pelas pessoas que a cercam.

— Como chegastes a esse resultado?...

— Pela escrava do quarto, que me mandava os recados por um pajem. A dama trabalha com todo o afinco para desmanchar o casamento, ao qual é extremamente avessa a filha. O pai e o filho sustentam D. Fernando um pouco por si e muito pelo beneditino confessor da casa, um tal Fr. Carlos da Luz; porém a fidalga tem esperança de vencer afinal a causa em favor do nosso protegido D. Lopo de Velasco.