de mim; mas tendes para isto poderes de seu dono?
— Não tenho poderes alguns, padre-mestre. Mas jurei ao Sr. Estácio, e a mim por estas barbas, entregar-lhe o que, por minha simplicidade e astúcia vossa, ele perdeu.
— Ah! se não tendes poderes, então permitireis que ponha o manuscrito em mão do Sr. Vaz Caminha aqui presente, como pessoa conjunta de Estácio, seu padrinho e mestre, de mim conhecido. Com ele vos havereis.
— Está direito, disse João Fogaça; somente como há morrer e viver, o sr. doutor me passará uma clareza disto para que eu me quite com o Sr. Estácio.
— Como vos parecer! respondeu o advogado.
O visitador então levantou uma ponta da pesada banca e tirou um chumaço de papel sujo e pulvurento que estava calçando a sapata do pé torneado; aberto o invólucro machucado, apareceu o roteiro.
Fogaça atirou ao ar em direção ao coqueiro um murro formidável:
— Bruto! Tão à mostra e não o vias!...
Molina riu-se; o advogado observou: