no buraco da fechadura. Parece que foi nas caras que cahiu o azeite fervendo. Todas ainda mostram as cicatrizes...
Aladino passou a mão pelo vidro da lampada. Uma fumacinha começou a surgir, que logo se transformou no Genio.
— Amigo Genio, disse elle, vá lá fóra e espalhe duma vez para sempre esses quarenta bandidos que vivem atropelando o meu amigo Ali Babá.
Ninguem sabe o que o genio fez, mas quem fosse ao terreiro logo depois não veria nem rasto de um ladrão, quanto mais os quarenta juntos!
Ali Babá agradeceu muito a boa acção de Aladino. Abraçaram-se, ficando desde ahi os maiores amigos do mundo.
VI — OUTROS CONVIDADOS
Em seguida veio o alfaiate que matava sete de um golpe. Veio tambem o soldadinho de chumbo que depois de ter sido derretido ao fogo se transformou em coração.
— E como virou soldadinho outra vez? quiz saber Emilia.
— Uma linda fada que leu minha historia chorou uma lagrima tão sentida que virei soldado outra vez.
— E a dançarina de saiote côr de rosa? Morreu no fogo tambem?
— Essa morreu para sempre, respondeu o soldadinho, fingindo que se assoava, mas de facto enxugando uma lagrima. O burrinho achava que como era soldado não devia mostrar fraqueza, chorando.
Depois veio o Patinho Feio, filho daquelle outro que virara em cysne. Assim que entrou, Emilia, que já tinha visto tia Nastacia matar um pato, foi depressa cochichar-lhe ao ouvido:
— Não saia daqui, não vá á cozinha, ouviu? Lá mora uma fada preta que não tem piedade nem de frangos, nem