— Tepenhapa papacipienpenciapia quepe Pepenipinhapa nãopão tarpardapa, gritou-lhe ella.
Nem bem acabara e já ouviu um gallo cantar lá longe — cocoricocó!
— E'pé epelepe! gritou de novo, batendo palmas.
E era mesmo. A penna de papagaio vinha fluctuando em cima do burró em disparada. Penninha saltou em terra e correu a descer Narizinho da arvore. Os macacos, que lá estavam de sentinella, não perceberam nada, tamanho era o somno.
— Estou estranhando o somno desta bicharia, disse a menina. Por mais barulho que se faça nenhum acorda.
— Pudéra! explicou Penninha. Puz tal dóse duma planta dormideira no poço onde elles bebem, que só amanhã pelo meio-dia poderão despertar. Que é de Pedrinho?
— Alli, naquelle tronco!
Penninha correu a desamarral-o. Depois foi acordar o visconde, que damnou da vida de ter de cortar a gostosa somneca para pôr nas costas a canastrinha outra vez.
— Agora é montar no burro e tocar no galope!
— Não ainda! disse Pedrinho. Tenho minhas contas a justar com o tal macacão rei.
Foi em procura de Simão XIV, que encontrou a roncar no meio de toda a côrte, igualmente adormecida.
Que fazer para vingar-se? Ah, já sei!
Tomou uma tesoura que andava por alli e cortou-lhe as barbas, a ponta da cauda e meia orelha, dizendo:
— Quando a macacada despertar amanhã, nenhum poderá reconhecer em você o grande rei Simão Banana, e todos correrão você daqui a pau, seu mono duma figa!...
Em seguida reuniu-se aos outros e prompto!
— Vamos! gritou Penninha para o burro.
O animal sahiu no galope e em menos de meia hora os levou para onde estavam os fabulistas. De longe já os meni