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XXII. PERDIDOS

Quando chegaram à casa, encontraram o Alfredo bem disposto e alegre, conversando com o Júlio, filho do proprietário, numa intimidade de bons camaradas.

Carlos e Juvêncio contaram o passeio, e falaram da abundância da caça, que por ali havia:

— O que nos faltou hoje foi uma boa espingarda!

— Papai tem uma... — disse Júlio.

O dono da casa, que daí a pouco chegou pôs logo a arma, que era excelente, à disposição do rapaz sertanejo. Ficou combinado, que às três horas da tarde sairíam os três — Carlos, Juvêncio e o filho do dono da casa, — para a caçada. Alfredo ficaria em casa...

— Não! — protestou logo o menino — já estou bom; não sinto mais dor nos pés, e posso ir com vocês.

Carlos tentou dissuadir o irmão desse propósito, que lhe parecia imprudente. Mas Alfredo teimou, e Juvêncio interveio:

— Não há dúvida... Vosmecê irá conosco até a entrada do mato, e aí ficará até que voltemos.