morto?!” E, dizendo isso de si para si, uma sensação estranha lhe agitava o peito...
Mas essa exaltação durou pouco. Alguns momentos de reflexão mais calma bastaram para mostrar a Carlos quanto era ilusória a esperança.
Que absurdo! Pois eles não tinham seguido a pista do pai, de passo em passo, por assim dizer, — no escritório da “Estrada de Ferro de Águas Belas”, em Garanhuns, em Piranhas, em Boa Vista, em Juazeiro?... O engano era impossível!
E, tomado de um grande abatimento, deixou-se o órfão cair de novo sobre a cadeira.
Dessa situação, veio Alfredo tirá-lo, correndo e gritando:
— Carlos! Carlos! Já se vê a Costa do Espírito Santo!
Já se via, de fato, mal delineada no nevoeiro longínquo, uma vaga e baixa fita de terra.
— Antes da tarde, estaremos em Vitória! — disse um passageiro, moço ainda, que chegava à tolda com um grande binóculo.
— E poderemos descer? — perguntou Alfredo.
— Certamente! Mas não vale a pena.
— Como não vale a pena?! — exclamou o menino — sempre vale a pena ver uma cidade que nunca se viu!
— Não há dúvida! Mas...
— Então, a Vitória — interveio Carlos — é uma cidade tão insignificante, que não mereça uma curta visita?
— Não é isso o que digo! — explicou o moço. Vitória é, ao contrário, uma linda cidade... Digo que não vale a pena porque o comandante