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LXXII. O PARANÁ

Quando, a bordo do Santos, chegaram Carlos e Alfredo a Paranaguá, encantou-os a vista da terra. Abria-se aos seus olhos um lindo panorama: o porto, vasto e quieto, cercado de um amplo círculo de montanhas.

Alfredo estava ansioso por descer à terra:

— Vamos, vamos! Quero ficar conhecendo a capital de mais um Estado do Brasil!

— Que? — atalhou o irmão sorrindo — então Paranaguá é capital?

— É verdade! — exclamou o pequeno — que tolice a minha! Bem sei que a capital do Paraná é Curitiba...

— Curitiba fica a uns cento e dez quilômetros daqui; — explicou Rogério — de Paranaguá até a capital faz-se a viagem em caminho de ferro; são seis horas, se tanto.

Baixaram à terra, e com eles um homem alto, forte, louro, que se ofereceu para lhes mostrar a cidade. Era um alemão, que, apesar de não estar no Brasil há mais de cinco anos, já falava perfeitamente o português. Chamava-se Schumann, e era muito conversador e simpático.