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VII. ESTRADA A FORA

Comeram calmamente. O farnel, fornecido pelo sub-chefe, continha uma excelente galinha assada, um pedaço de rosbife e pão. O camarada Benvindo trazia uma boa porção de carne seca que os dois rapazes também quiseram provar, com aquele valente apetite que lhes haviam dado o movimento e o ar do campo. Estavam do lado da estrada, à sombra de uma grande árvore, cuja copa de folhagens abundantes os raios do sol não conseguiam atravessar. O chão era batido, — liso e limpo como o de uma casa. Via-se bem que aquele lugar era um ponto habitualmente escolhido para repouso pelos viajantes que por ali jornadeavam. Um pouco adiante, corria o riacho, atravessando o caminho. Ouvia-se bem o leve rumor das águas deslizando entre as pedras. E só esse rumor e o de alguma folha que caía perturbavam o silêncio do sítio quieto, a essa hora de calor ainda forte.

Alfredo, quando acabou de comer, correu para o riacho, e foi mergulhando as mãos na água, para lavá-las. Mas exclamou logo, ingenuamente: