Mas o Benvindo, tendo reconhecido os dois tropeiros, exclamava:
— Oh! José! Oh! Justino! Vocês de onde vêm? Como vão vocês?
— Oh! Benvindo! Por aqui?... Nós vimos de Água Branca. E você está bom? Como está a velha?
— Boa. Vocês passaram pelo arraial?
— Passamos. E você para onde vai?...
— Vou levar estes moços a Piranhas, e queria saber se o capitão Paulo está no “sítio”...
— Acho que está! — disse o mais velho dos dois tropeiros — quando passamos por lá, estava na varanda uma pessoa: pareceu-me que era ele...
Apearam-se o José e o Justino, e começaram a conversar com Benvindo. Eram amigos do camarada, conhecidos antigos, e davam mostras de estimá-lo muito. O mais velho, de face escura, quase preta, era mais forte do que o outro, caboclo como Benvindo. Ambos tinham fisionomia simpática, e trataram com carinho os irmãos que se dirigiam a Piranhas, desejando-lhes boa viagem.
— E quem é esse menino que vai com vocês? — perguntou Benvindo.
— É meu mano — respondeu o Justino: — vou levá-lo para a cidade; já está com os seus oito anos e vai estudar na escola.
A conversa não esfriava. Mas Carlos, vendo que se estava fazendo tarde, chamou a atenção de Benvindo , que se despediu dos amigos, pedindo-lhes que dessem lembranças à sua velha mãe, em Garanhuns.