— Seremos apanhados pela trovoada? — pensavam aterrados os dois meninos.
Apressaram o passo dos animais, e tanto se esforçaram, que, antes de desabar a chuva, apearam-se à porta de um pequeno hotel da cidade de Piranhas.
— Vamos jantar! — disse Benvindo.
O hotel era modesto, mas a mesa era farta. Comeram carne de sol assada, e peixes, — uns excelentes piaus do rio São Francisco.
— Se fôssemos ver o rio? — disse Alfredo — É um rio grande, o São Francisco?
— É imenso! — explicou o irmão. — Atravessa dois Estados do Brasil, servindo de divisa entre três.
Assim que acabaram de jantar, partiram para o porto.
— Lá está o Estado de Sergipe! — exclamou Benvindo.
— Onde?
— Lá, na outra banda! Esse rio separa Sergipe de Alagoas.
— É exato! — disse Carlos ao irmão. — Aquele já é o território de Sergipe. Nós, nestes últimos dias, já atravessamos todo o Estado de Alagoas.
— Ah! Era por Alagoas que estávamos viajando? — perguntou o pequeno ao camarada.
— Era. Viemos de Pernambuco, e entramos em Alagoas quando chegamos à fazenda do capitão Paulo. A fazenda já fica para o lado de cá da divisa. Ali acaba Pernambuco e começa Alagoas; agora, aqui, acaba Alagoas e começa Sergipe.
— E vamos para Sergipe?