Ao ouvirem o tiro os indios disseram ao prisioneiro :
— “Ai vêm teus amigos portugueses; querem saber se vives e se queremos dar-te em troca de alguma coisa”.
A noticia encheu-o de esperança. Mas ser procurado por navio português era dar provas de ser português, e Hans inventou logo uma historia destinada a atrapalhar os indios. Disse-lhes que tinha entre os portugueses um irmão francês e com certeza era esse irmão quem vinha procura-lo.
Os indios, porém, não deram credito á historia. Aproximaram-se do navio a ponto de fala e perguntaram o que queriam.
Os portugueses indagaram de como ia passando Hans. Os selvagens responderam que não sabiam de quem se tratava.
Não havendo meio de entendimento, o navio afastou-se, deixando o misero artilheiro mergulhado na maior dor. Pela segunda vez de todo perdia a esperança de salvar-se. Já via a iverapema sobre a sua cabeça, prestes a desferir o golpe fatal. O sacrificio fôra adiado por causa da partida de Nhae-pepô; mas o indio regressaria breve, e então...