«Ás vezes uma só phrase occupava uma vigilia inteira; era empolgada, tornada a empolgar, torcida, amassada, martellada, allongada, encurtada, escripta de mil modos differentes, e coisa notavel! a fórma necessaria, absoluta, não apparecia senão depois de se haverem exgotado as fórmas approximativas. O metal, sem duvida, corria muitas vezes de um jacto mais cheio e mais solido, mas poucas paginas existem de Balsac que ficassem exactamente iguaes ao primeiro rascunho.»
II
É ainda Théophile Gauthier quem nos deixou de Balsac o retrato mais expressivo, aquelle que se nos affigura mais fiel.
«Usava elle sempre, diz o escriptor já citado, em vez de robe de chambre, o habito de cachemira ou de flanella branca, preso á cintura por um cordão grosso, com o qual, mais tarde, se fez retratar por Luiz Boulanger.
«Que phantasia o levára a escolher de preferencia aquelle vestuario que nunca mais deixou? Não o saberemos dizer.