CLARA - Tão pouca fé o anima?
LUIZ - Não é a fé das pessoas que me falta, mas a fé da fortuna. Fui sempre tão mal aventurado que nem tento acreditar por momento na boa sorte.
CLARA - Isso não é natural num cavalheiro cristão.
LUIZ - O cavalheiro cristão está prestes a mourar.
CLARA - Oh!
LUIZ - O sol do oriente aquece os corações, ao passo que o de Petrópolis esfria-os.
CLARA - Estude antes o fenômeno e não vá sacrificar a sua consciência. Mas, na realidade, tem sempre encontrado a derrota nas suas pelejas?
LUIZ - A derrota foi sempre a sorte das minhas armas. Será que elas sejam mal temperadas? será que eu não as maneje bem? Não sei.
PEDRO ALVES - É talvez uma e outra coisa.
LUIZ - Também pode