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106. Ella é dividida em duas partes: a 1ª parte tem nove capitulos; a 2ª tem doze, em dous dos quaes se trata das causas que têm retardado o progresso da agricultura, e das providencias precisas para defesa da capitania, quer por terra, quer por mar.

Memoria sobre a agricultura e colonisação do Brazil — Foi escripta em 1814, quando o autor exercia o cargo de chanceller da relação do Maranhão; enviada ao instituto historico pelo doutor C. A. Marques em 1867, e publicadã na revista, tomo 360, parte 1ª, 1873, pags. 91 a 133.

Divisão ecclesiastica do Brazil. 1819 — Sahiu na mesma revista, tomo 27°, 1864, pags. 263 e seguintes.

A igreja no Brazil, ou informações para servir de base á divisão dos bispados, projectada no anno de 1819, com a estatistica da população do Brazil, considerada em todas as differentes classes na conformidade dos mappas das respectivas provincias e numero de seus habitantes. Rio de Janeiro, 1822, 172 pags. — Foi publicada antes nos Annaes fluminenses de sciencias, artes e litteratura, tomo 1°, 1822, pags. 57 a 115; teve nova edição em 1847, e foi ainda impressa na Revista do instituto, tomo 29°, 1866, pags. 159 a 200.


Antonio Roza da Costa — E' natural da provincia de Pernambuco. Consta-me que estudou na antiga escola central; mas não sei si concluiu o curso da mesma escola, nem o que se passou depois relativamente a sua pessoa. Dedicava-se então ao cultivo da poesia e escreveu:

Balbuciações (collecção de versos). Rio de Janeiro, 1873 — Vi este volume na bibliotheca municipal.


Antonio de Sã — Nasceu no Rio de Janeiro a 26 de junho de 1620 e falleceu a 1 de janeiro de 1678 ; fez todos seus estudos no collegio dos jesuitas da cidade de seu nascimento e ahi tomou a roupeta em 1639, leccionou theologia e diversas materias de humanidades, e foi depois a Portugal, e a Roma, onde se demorou alguns annos no exercicio do cargo de secretario geral dos jesuitas, voltaudo d'ahi á patria.

Discipulo do padre Antonio Vieira e, na opinião de alguns contemporaneos, seu rival, foi por estes designado o principe da tribuna ecclesiastica. Como refere Innocencio da Silva, todos os criticas são concordes em consideral-o como orador de liuguagem mui pura, de estylo correcto e elegante, e finalmente como um dos que mais se approximaram de Vieira, ou antes como seu melhor discipulo. Escreveu:

Sermão prégado á Justiça na santa sé da Bahia na primeira oitava do Espirito Santo. Lisboa, 1658 — Segunda edição, Coimbra, 1672, 21 pags. in-4.º — Terceira edição, idem, 1786, 21 pags. in-4.°

De venerabile patre Joanne de Almeida oratio. Lisboa, 1658 — Sahiu na obra sobre a vida deste padre.