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SYLVIO


A D. Emilia Coelho Ribeiro

Ó mães que tendes filho, mães piedosas!
Quando eles morrerem criancinhas,
Enfeitai-lhes o caixão de brancas rosas;
Deixai, deixai voar as andorinhas!
Em busca das paragens luminosas!
Guerra Junqueiro



Sylvio morreu. Docemente.
Su’alma se foi, voando
Como uma pomba dolente
Que deixa a terra cantando.

«Não murches, olha de rosa!
Espera que chegue o inverno...
Cansaste, rola formosa?
Pousa no seio materno.»