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d'aquillo era toleravel, mas á segunda os nervos de Bolato começaram a s'abespinhar. E d'abespinhados ficaram irritados. E irritado Bolato passa a mão na botina e arremessa a contra a porta roida. O ruido cessou, mas dahi ha segundos recomeça de novo.

Outra botina, novos segundos de socego ; o rato insiste e roe, roe com mais furor. O castiçal voa contra a porta. E depois do castiçal a caixa de navalha. E segue-a um pé de chinello. E vae logo atraz outro pé de chinelo. O rato insiste ; roe, roe, roe... Era de deixar doido! E assim se passam duas, tres, quatro, cinco horas... Por fim o cançaco venceu e um somno de pedra arranca os tympanos de Bolato dos dentes do inquisilante roedor. Lá pelas 9 horas o levantamento começou e Gusmão appareceu passou com cara de reumascando injurias, estremuahado, resmungando.