Página:Machado de Assis - Teatro.djvu/295

Wikisource, a biblioteca livre

D. ADELAIDE - De que é que você gosta mais, da Tijuca ou da cidade?

D. CARLOTA - Eu por mim, ficava metida aqui na Tijuca.

MAGALHÃES - Não creio. Sem bailes? sem teatro lírico?

D. CARLOTA - Os bailes cansam, e não temos agora teatro lírico.

MAGALHÃES - Mas, em suma, aqui ou na cidade, o que é preciso é que você ria; esse ar tristonho faz-lhe a cara feia.

D. CARLOTA - Mas eu rio. Ainda agora não pude deixar de rir, vendo o Dr. Cavalcante.

MAGALHÃES - Por que?

D. CARLOTA - Ele passava ao longe, a cavalo, tão distraído que levava a cabeça caída entre as orelhas do animal; ri da posição, mas lembrei-me que podia cair e ferir-se, e estremeci toda.

MAGALHÃES - Mas não caiu?

D. CARLOTA - Não.