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Cristo, o inspirador imortal da felicidade humana.

«As religiões constituiram, na vida primitiva, uma fórma de regulamentar a anarquia selvagem dos espiritos incultos e dos Povos barbaros.

Mas á medida que os espiritos passarem pelo filtro da verdade, explorada pelos dados da sciencia; quando o homem, fortalecido de corpo e alma, atingir a preparação para ser perfeito sómente pela consciencia do dever e pela razão educada, então os dogmas das religiões antigas creadas pelo homem e sofismadas pelo tempo, serão desnecessarias para o funcionamento de uma sociedade harmonica. Por emquanto, porém, a religião melhorada tem de servir de roda transmissora. O homem de hoje é uma natureza fragil, é vitima de ancestralidades, de assaltos pecaminosos que o meio ambiente predispõe. Desconhece em maioria a religião do bem, escudada no dever; a religião pura, espontanea, que sem interpretes de uma fé que não seja a propria fé, nos im- põe as maximas que sairam dos labios maviosos de Cristo, dizendo aos apostolos: «Amai-vos uns outros como a vós mesmos», dizendo ao Pai: «Perdoa-lhes,