Página:Memória sobre a Ilha Terceira.pdf/742

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nas ruas, e afixar nos lugares públicos delas; e que igualmente todos os párocos leiam a seus respetivos fregueses, na estação da Missa, logo que a tenham recebido: — 1.° A nenhum paisano, ou militar de primeira, e segunda linha, se permitirá exercer qualquer prisão sem ordem de legítima Autoridade, saiu nos casos prescritos na Carta Constitucional. — 2.° Todo o paisano, ou militar de primeira ou segunda linha, apreenderá e conduzirá a esta Cidade, e meu Quartel-General, sem, maneira alguma os ferir, espancar ou insultar, a quaisquer oficiais, ou Soldados das Tropas recém-derrotadas, que for encontrado disperso, foragido ou disfarçado. — 3.° Em nenhum ajuntamento, que tenha lugar em demonstração do júbilo, e satisfação; em nenhuma aclamação feita em lugar público, ou particular, é licito reunir imprecações de vingança, ou de insulto, às demonstrações de puro júbilo, que deve animar todos estes leais habitantes. — Quartel-General em Ponta Delgada, 4 de agosto de 1831. — Conde de Vila Flor.» No dia 7 de agosto chegou a Angra a participação oficial de se haver tomado a ilha de São Miguel, sendo recebida com vivo entusiasmo, salvando as fortalezas e efetuando-se um solene Te Deum na Sé. A ilha de Santa Maria reconheceu e aclamou logo a Rainha sem a menor dificuldade e obedecendo às ordens da Regência. No dia 17 desembarcou em Angra o Conde de Vila Flor, entre vivas salvas de artilharia. Pouco antes tinham chegado todos os oficiais militares e subalternos prisioneiros. A 27 celebrou-se novo Te Deum na Sé Catedral pela alegre notícia da chegada da Rainha a Inglaterra, pelo que foi uma deputação felicitá-la e render-lhe, da parte da Regência e habitantes dos Açores, a homenagem de obediência e fidelidade. Saiu do porto de Angra no dia 29 de agosto, na escuna de guerra Ilha Terceira, a deputação composta de Teotónio de Ornelas Bruges Ávila, D. Carlos de Mascarenhas e Manuel de Sousa Raivoso. Foi também o Marquês de Palmela, chamado por D. Pedro para o consultar sobre os negócios respeitantes à Rainha e à Carta Constitucional, que se propunha defender energicamente. Por Decreto de 12 de setembro, mandou a Regência abrir em São Miguel um empréstimo de cento e vinte contos de réis, que pesou sobre todos os habitantes. No dia 30 pedia a sua exoneração de membro da Regência José António Ferreira Bracklamy, sendo substituído pelo major de engenheiros José Dionísio da Serra; e, para remunerar os serviços prestados pela tropa pelos feitos militares praticados nas outras ilhas dos Açores, mandou a Regência, no dia 12 de outubro, que se fizesse uma grande promoção de oficiais. No entretanto os planos revolucionários ou antes o receio deles, conti-