— Só isso, miss Jane? exclamei com cara de espectador roubado.
— Só, respondeu ella, muito divertida com o meu logro. Que mais queria ?
Minh'alma de latino não se conformava com a falta de apparato.
— Queria uma tempestade com raios e trovões. Queria um Jehovah tonitroando na sarça ardente. Ou,, pelo menos, eloquencia, que diabo !
— Haverá maior eloquencia que a da precisão absoluta ?
Não me convenci. Não ia commigo tanta frieza. Meu sangue quente pedia barulho, berros, murros na mesa, desaforos... Resignei-me, porém, e a curiosidade tomou pé.
— Mas, afinal, que é que dizia a moção Leland ? indaguei.
— Ignoro, respondeu miss Jane. Foi secreta a decisão. Só o presidente, os seis convencionaes e depois os technicos do estado tiveram conhecimento dos seus termos.
Miss Jane sorria. Occultava-me qualquer cousa, com certeza para me surprehender no fim. Não insisti e, resignado, disse-lhe :
— Continue, miss Jane...
Miss Jane continuou.