Página:O demônio familiar.djvu/140

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ALFREDO – A senhora, não, D. Henriqueta.

CARLOTINHA – É a mim, então... (Silêncio de ALFREDO.)

HENRIQUETA – Mas explique-se, Sr. Alfredo; eu creio que há nisto algum equívoco.

ALFREDO – Há certas coisas que se sentem, D. Henriqueta, mas que não se dizem. Quando nos habituamos a venerar um objeto por muito tempo podemos odiá-lo um dia, porém o respeitamos sempre!

CARLOTINHA – Mas ninguém tem direito de condenar sem ouvir aqueles a quem acusa.

HENRIQUETA – Decerto; muitas vezes uma palavra mal interpretada...

ALFREDO – Não é uma palavra, D. Henriqueta, é uma carta!

CARLOTINHA – Que significa isto? Tu entendes, Henriqueta?

HENRIQUETA – Não, minha amiga, mas o Sr. Alfredo vai nos esclarecer esse enigma.

ALFREDO – Perdão, minhas senhoras, aí vem Eduardo, e eu tenho de falar-