eu vos dissesse: — “É necessária a morte de uma pessoa” — Hesitaríeis?
GARCIA – Há muitos dias que desejava pedir-vos uma coisa. Sei que andais perseguido, que sois obrigado a esconder-vos. Mostrai-me o vosso inimigo, e amanhã ele não existirá.
SAMUEL – Há inimigos a quem é difícil chegar, porque estão mui altos.
GARCIA – Dizei-me o seu nome, e vereis. Qualquer que ele seja.
SAMUEL – Ainda que fosse o governador?
GARCIA – Ainda que fosse o rei.
SAMUEL – Não!... Seria um crime inútil. De que serviria ferir a mão desde que não esmagasse a cabeça?... Ele está muito longe; onde não chega o vosso braço.
GARCIA – Aonde?