Página:O jesuita - drama em quatro actos.djvu/128

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CONSTANÇA – Para salvá-lo só há um meio!

SAMUEL – Qual?

CONSTANÇA – Matai-me; ele ficará livre, e eu morrerei amando-o.

SAMUEL – A vossa vida é necessária neste momento!

CONSTANÇA – Que valor tem a vida de uma pobre mulher?

SAMUEL – Que valor tem a centelha que produz o incêndio? Os grandes efeitos nascem de pequenas causas; sobre vossa cabeça repousam neste instante os destinos de uma revolução. Deveis viver pelo menos algumas horas; e cumpre que esta noite Estêvão recupere a sua liberdade.

CONSTANÇA – Fazei que ele deixe de amar-me, que me repila.

SAMUEL (com brandura.) – Não; haveis de ser feliz!